Vulvodínia é uma dor crônica em queimação na vulva, sem achados físicos objetivos que justifiquem seus sintomas. Na experiência clinica é descrito como como um desconforto vulvar crônico, caracterizado por queixas
de queimação, ardência e/ou irritação por um período de
cerca de três meses, com ausência de lesões visíveis e prurido.
Há ainda relatos de aumento da sensibilidade ao toque na
região vulvar por essas pacientes.
Antes de se estabelecer o diagnóstico de vulvodínia, é necessário
descartar outras etiologias específicas para dor e irritação vulvar.
Há elevado número de doenças, incluindo infecções cutâneas,
doenças sexualmente transmissíveis, infecções vaginais e outras
condições, que podem produzir esses sintoma
À palpação, verifica-se a força e o
trofismo dos músculos do assoalho pélvico, além de assimetrias
musculares e pontos sensíveis à dor, sejam espontaneamente ou
ao teste com swab. Pressionam-se aproximadamente 5 mm,
vários locais dos lábios vaginais, intróito e carúnculas himenais,
constatando-se desconforto em quase todas as mulheres com vulvodínia.
O aumento da sensibilidade é mais comum no intróito
e carúnculas posteriores. Muitas vezes, o exame cuidadoso do
assoalho pélvico é omitido, o que contribui para o diagnóstico
incorreto de dor psicogênica como causa única de vulvodínia.
A instabilidade do assoalho pélvico leva à mialgia de tensão e
desempenha papel crítico no aumento da dor. Essa anormalidade
pode ser sutil ao exame físico, contudo, a eletromiografia pode
auxiliar no diagnóstico.
Após o diagnóstico correto da vulvodínia, é necessário orientar
a paciente e seu parceiro de que se trata de uma real doença,
além de esclarecer que não é sexualmente transmissível, não gera
infertilidade futura e não apresenta prognóstico ruim. Vários tratamentos têm sido utilizados para as várias formas
de vulvodínia, incluindo cuidados locais, medicamentos tópicos,
orais e injetavéis, biofeedback, dietas alimentares, tratamentos
cirúrgicos e psicoterapia.
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