quinta-feira, 2 de abril de 2015

Vulvodínia




Vulvodínia é uma dor crônica em queimação na vulva, sem achados físicos objetivos que justifiquem seus sintomas. Na experiência clinica é descrito como como um desconforto vulvar crônico, caracterizado por queixas de queimação, ardência e/ou irritação por um período de cerca de três meses, com ausência de lesões visíveis e prurido. Há ainda relatos de aumento da sensibilidade ao toque na região vulvar por essas pacientes.
Antes de se estabelecer o diagnóstico de vulvodínia, é necessário descartar outras etiologias específicas para dor e irritação vulvar. Há elevado número de doenças, incluindo infecções cutâneas, doenças sexualmente transmissíveis, infecções vaginais e outras condições, que podem produzir esses sintoma

 À palpação, verifica-se a força e o trofismo dos músculos do assoalho pélvico, além de assimetrias musculares e pontos sensíveis à dor, sejam espontaneamente ou ao teste com swab.  Pressionam-se aproximadamente 5 mm, vários locais dos lábios vaginais, intróito e carúnculas himenais, constatando-se desconforto em quase todas as mulheres com vulvodínia. O aumento da sensibilidade é mais comum no intróito e carúnculas posteriores. Muitas vezes, o exame cuidadoso do assoalho pélvico é omitido, o que contribui para o diagnóstico incorreto de dor psicogênica como causa única de vulvodínia. A instabilidade do assoalho pélvico leva à mialgia de tensão e desempenha papel crítico no aumento da dor. Essa anormalidade pode ser sutil ao exame físico, contudo, a eletromiografia pode auxiliar no diagnóstico.

Após o diagnóstico correto da vulvodínia, é necessário orientar a paciente e seu parceiro de que se trata de uma real doença, além de esclarecer que não é sexualmente transmissível, não gera infertilidade futura e não apresenta prognóstico ruim. Vários tratamentos têm sido utilizados para as várias formas de vulvodínia, incluindo cuidados locais, medicamentos tópicos, orais e injetavéis, biofeedback, dietas alimentares, tratamentos cirúrgicos e psicoterapia.



Fontes:
1. Kirby B, Yell JA. Vulvodynia is important cause of vulval pain. BMJ. 1999;318(7197):1559.
2. Masheb RM, Lozano C, Richman S, Minkin MJ, Kerns RD. On the reliability and validity of physician ratings for vulvodynia and the discriminant validity of its subtypes. Pain Med. 2004;5(4):349-58.
3. Goldstein AT, Marinoff SC, Haefner H. Vulvodynia: strategies for treatment. Clin Obstet Gynecol. 2005;48(4):769-85.
4. Edwards L. New concepts in vulvodynia. Am J Obstet Gynecol. 2003;189(3 Suppl): S24-30.
5. Pukall CF, Payne KA, Benik YM, Khalifé S. Pain measurement in vulvodynia. J Sex Marital Ther. 2003;29(suppl. 1):111-20. 
6. Reed BD. Vulvodynia: diagnosis and management. Am Fam Physician. 2006; 73(7):1231-8.










Uma homenagem a todos que se superam a cada dia!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Vaginismo

A dor durante a relação sexual afeta de 3 a 5% da população feminina. Muitas vezes encarada com vergonha  é uma doença que afeta muito a qualidade de vida. A falta de informação faz com que se torne ainda mais difícil a busca por tratamento.

O QUE É VAGINISMO?
É uma contração involuntária do assolho pélvico que causa dor intensa durante a penetração. A causa pode ser multifatorial e apenas com o acompanhamento profissional pode-se descobrir em que momento se originou a patologia.

VAGINISMO TEM CURA!

Mas infelizmente o vaginismo não desaparece sozinho. Muitas mulheres aguardam anos para se verem livres da dor. Buscam ajuda na internet, mas só com um profissional os resultados aparecerão.

A trabalho da musculatura perineal é muito difícil sem as instruções e aparelhos específicos utilizados pelos fisioterapeutas pélvicos. Em poucas sessões é possível realizar um relaxamento da musculatura pélvica e uma melhor consciência corporal, conseguindo assim excelentes resultados.

Qualquer dúvida ficarei feliz em ajudar.

Abraço!

 Dra. Hylla di Paula
Fisioterapeuta Pélvica
CREFITO 168100-F